Friday, August 31, 2018
Festival Lisb-on oferece atestados de presença para quem tiver que ir trabalhar segunda feira
O festival Lisb-on que conta este ano com a sua quinta edição, pensando em todos aqueles que têm que trabalhar já na próxima segunda feira, vai oferecer aos seus visitantes, um atestado de presença para apresentarem nos seus locais de trabalho, caso cheguem atrasados ou não consigam de todo ir trabalhar.
As hostilidades começam hoje no Parque Eduardo VII e só terminam no domingo o que naturalmente, pode causar alguns constrangimentos a todos aqueles que vão trabalhar na segunda.
Falámos com um jardineiro sonoro que pretende ir os dias todos ao festival e tem que estar no trabalho segunda às 09h00: "É uma excelente ideia. Já sei que vou aparecer no trabalho todo escavacado se for logo às 09h00. Assim, apareço às 11h e até tenho um documento que atesta o motivo do meu atraso. Pode ser que assim o patrão não diga nada e até tem a sua piada."
Já uma fonte do festival diz que "desta forma conseguimos atenuar um pouco o facto das pessoas chegarem atrasadas ao trabalho na segunda, e não ficarem de consciência pesada por esse mesmo motivo."
O festival este ano conta com nomes como Rodhad, John Player Special, Saint Germain, Michael Mayer, Mr. Scruff ou Kerri Chandler.
PS: Notícia falsa!
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Tuesday, August 28, 2018
Cetelem oferece crédito até 12 meses sem juros para o festival BPM
Finalmente, o crédito chegou aos festivais. A cada ano que passa, surge mais um festival (acompanhando de resto uma tendência mundial) e assim sendo, fica cada vez mais difícil ir a todas.
Pensando neste nicho de mercado, a Cetelem em conjunto com o festival BPM que se realiza entre os dias 20 e 23 de Setembro em Portimão e Lagoa, decidiu lançar um produto inovador, que permite ir pagando a ida ao festival até 12 meses sem juros.
A linha de crédito para esta iniciativa pode ir até 5000€ e compreende vários pacotes, desde o simples bilhete para o festival, até ao pacote mais completo que inclui também alojamento, alimentação e um plafond para "atividades à escolha do cliente."
A Cetelem acredita que desta forma "consegue chegar a um nicho de mercado que tem um perfil de consumo interessante, visto que, gasta hoje e amanhã logo se vê."
Os responsáveis do festival acreditam que desta forma, democratiza-se a ida ao festival, visto que de outra maneira, muitas pessoas não teriam condições financeiras para o fazer.
PS: Notícia bem falsa!
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Monday, August 13, 2018
Homem que gasta 300€ por noite em saídas revoltado por ter que pagar 15€ de entrada em discoteca
Um homem que preferiu não ser identificado, mas que fez questão de nos fazer chegar a sua história, não parece estar nada satisfeito com o facto de ter de pagar 15€ para entrar numa discoteca.
Pelo que percebemos, este homem é um habitué da noite lisboeta e portuense, como tal, conhecedor dos cantos e recantos de tudo o que é relacionado com música eletrónica. Confessou-nos também ser um amante profundo de bebidas alcoólicas e de algumas substâncias psicotrópicas, que segundo o próprio, "Rebenta-me a carteira de tal maneira, que já ando com um pé no passeio e outro na estrada."
Quando fomos mais longe na conversa, lá nos confessou que já anda nesta vida de noite há uns valentes anos, e que feitas bem as contas, já podia ter comprado "uns quatro ou cinco bons apartamentos."
Por esse mesmo motivo, entende que não há nenhuma razão para alguém lhe pedir dinheiro para entrar onde quer que seja. "Foram pessoas como eu que puseram esta merda a andar. Ou pensas o quê, que os fofinhos da sexta à noite e até logo é que fizeram a noite? Muito euro metido nisto, muito mesmo."
E assim chegamos à parte da história que interessa. Confrontado com a ideia de gastar assim tanto dinheiro em copos e afins, o que são os 10/15€ da entrada? "É uma questão de princípio. Quando vais a um casino, estás horas numa mesa e ficas liso, sabes o que fazem? Oferecem-te o jantar. É o mínimo. Como tal, há aqui uma questão moral que não pode ser desconsiderada. Não é pelos 15€."
No free lunches.
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Thursday, August 2, 2018
Boom Festival 2018 - Party Report
O Boom.
O festival que desperta nas redes sociais todo o tipo de emoções, desde amor, cólera, raiva, paixão, desprezo, inveja ou rancor.
Porque uns foram, porque outros não foram, porque uns dizem que é só droga, porque outros dizem que é para todos, porque o unicórnio afinal é um boi sem pêlo e por aí fora.
Se pensarmos bem - e quem já foi concorda - o Boom é o espelho disso tudo. É uma multiplicidade de atores e personagens. De vidas reais e fantasia. De glitter e banhos por tomar uma semana. De vegans e agarrados. De pastilhados e recuperados. Gostem ou não da ideia, é o melting pot das raves. E é por isso que é fixe.
Aí vai então, o que consegui registar e que me lembro (esqueçam a ordem cronológica, não deu para mais por motivos óbvios):
- A dada altura, em pleno Dance Temple - seriam umas 11h30 da manhã - dois caças F16 fazem um voo rasante à pista, provocando um barulho ensurdecedor, e colocando meia pista a olhar para cima, para a esquerda, para a direita e para o meio. Eu próprio tive que esclarecer alguns boomers: "Yes, these were two F16 jet fighters from the portuguese air force. This was not a drill." Muito bom.
- Ainda sobre aviões: uma tal de MS teve direito a mensagem romântica no final do dia - daquelas em que o aviãozinho passa três vezes pela praia - enquanto esperávamos todos pelo pôr do sol em Alcafozes. O Boom também é amor.
- A zona da restauração também teve os seus momentos fantásticos. Pelo jantar, dois senhores - calculo que de uma povoação próxima - sentam-se na mesma mesa que eu. Um pega no telemóvel: "Maria, já chegámos, sentámo-nos agora para comer, podes ir dormir" De seguida, dispara este míssil: "Boa noite, consegue dizer-me onde é que há borrego? Ouvi dizer que aqui há um bom sítio para comer borrego." Siga.
- Aprendi que a droga a partir de dada altura, já não faz efeito. Garantiu-me um jovem que teria tomado 7 gotas de LSD no mesmo dia, dizendo-me de forma firme e decidida: "Não há aí nenhum frasco no festival que tenha mais gotas que eu no meu corpo. Ando nisto desde segunda!"
- Conheci um nova iorquino, nos seus 40 e poucos, músico de profissão e que está a tirar um doutoramento em sistemas de som. Veio ao Boom para estudar a qualidade do sistema de som do Dance Temple e respetiva acústica. No dia a seguir vi-o lá aos saltos como os outros. Nas palavras do próprio: "The Dance Temple is the Taj Mahal of Trance. Everyone wants a little bit of it for the ride"
- Uma pessoa muito próxima - não vamos revelar nomes como é óbvio - terá consumido cogumelos (receio que não os do Pingo Doce). No final do dia, começou a mexer em dois pedaços de relva junto à barragem. Por pouco não os comeu. "Pensava que eram os cogumelos" !!!
- O Boom é prolífico em conversas divertidas. Não sabendo bem como, dois amigos chegam a um ponto da conversação em que um diz: "O que lava os pés, lava as mãos" e o outro responde "Lá está, é daí que vem a expressão meter os pés, pelas mãos" Boom também é poesia.
- Reparei também na dificuldade generalizada no que diz respeito à coordenação de movimentos. Intrigado pelo fenómeno, obtive a resposta no local mais improvável: uma aula de zumba. Enquanto 90% dos praticantes seguiam as instruções do professor, uns 7 amigos - completamente descoordenados - não conseguiam de todo acompanhar o ritmo. Questionei um deles. Ketamina. Zumba em ketamina. Uma medalha para estes 7 comparsas, pelo esforço e determinação. A título de curiosidade, fizeram a aula de zumba até ao fim.
- Noutra nota curiosa, nunca assisti a tantas festas de aniversário no mesmo sítio. Durante toda a semana, o Dance Temple esteve repleto de balões. Parabéns desde já a todos os aniversariantes.
- Consegui também assistir a um amigo a subscrever um upgrade da Vodafone - via telemarketing - enquanto tocava o Ace Ventura. 29.90€, chamadas e sms's ilimitados + 20GB de net móvel. Bom business.
- Por último, falei ainda com uma família. Pai, mãe e dois filhos adolescentes. Vestidos a rigor para as férias de verão. Disseram-me que o sítio era espetacular e que os miúdos estavam a adorar. Questionei-os sobre o facto de haver alguma malta com uns copos a mais, ao que me terão respondido: "Ai sim? Olhe, estamos cá há 6 dias e ainda não demos por nada." <3
Por estas e por outras - sendo logisticamente possível - em 2020 estamos lá de novo.
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