Wednesday, March 26, 2014

7º Aniversário Bloop - Party Report



Depois de uma passagem que incluiu a visita a cinco zonas da cidade e troca de argumentos em italiano (!?), o Almirante Cascavel chegou à festa. Um antigo e belo edifício esperava-o. Subidos alguns lances de escadas, depara-se com a temível porteira da bloop. Depois de uma breve troca de olhares e de se descortinar a história narrada pelo Almirante, lá conseguiu entrar. Não vamos desta feita enaltecer a qualidade do som, ambiente e por aí fora, já sabem o que é que a casa gasta e ao que é que vão, como tal, vamos antes realçar alguns aspectos significativos desta retumbante festa:

- Até hoje, o Almirante Cascavel acredita piamente, que as faixas que diziam ‘Beefeater’ na zona dos bares, eram uma referência ao General Wireless e às suas recorrentes incursões junto do público feminino estrangeiro

- Fomos abordados por um número infindável de pessoas, que pretendiam saber a identidade da Bo Derek; lamentamos, mas não vamos mesmo revelar. Podemos dar uma pequena pista, adiantando que não esteve presente neste evento. Ainda assim, parece que durante a festa, avistámos a sua sucessora(nada suplanta a Bo Derek, mas na sua ausência, para algum lado temos que olhar); foi com agrado que vimos desfilando pela quente pista, uma atraente e sumptuosa jovem. Apresentou-se em modo tigresse, dando à expressão ‘side boob’, um significado, francamente, inovador. Não conhecemos a pessoa em questão, fica aqui o registo feito para as próximas festas

- Ainda ninguém conseguiu convencer o Rashid do Deserto que o senhor que cantou por breves momentos ao microfone não tinha tomado nada

- Não estamos totalmente convencidos que a lesão de um dos DJ’s seja absolutamente verdadeira; segundo alguns elementos do blog é uma forma fácil de atrair elementos do género feminino (aguardamos radiografias para posterior confirmação)

- Por sua vez, a personagem Tomorrow Never Dies, dizia quer no backstage, quer na pista, “Já não sei para que lado me hei-de virar”; o Almirante aconselhou uma vista mar para a já supracitada menina “side boob” arrumando por breves momentos, a desorientação do Tomorrow

- A Astonishing Kate apresentou-se desta feita, de cabelo liso; saudamos desde já a mudança de visual, mas temos saudades da cartola com o coelhinho

- Nem de propósito e não, não estamos a brincar, o Almirante Cascavel a dada altura ficou afónico, ou seja, sem voz.. na Voz do Operário; até em questões de saúde, mantém a sua irónica (in)coerência 

Aproveitamos também esta oportunidade para introduzir um novo conceito no jargão nocturno: as festas satélite. Sempre que existe uma matiné (da bloop normalmente), uma multiplicidade de outros eventos se desenrolam à margem do evento principal. Normalmente no Kozee e/ou no Brownie, sendo que, o Lobo de Wall Street, a dupla Iron&Garzia ou o internacionalmente conhecido DJ, Cake Eater de seu nome, fazem normalmente parte destes andamentos. Sempre que virem uma referência a festas satélite, já sabem do que se trata. Beaten by Cables, mais uma vez, um farol na teorização e educação do fenómeno raver.


Para acompanharem as nossas aventuras, façam like na nossa página de Facebook: Beaten by Cables

Thursday, March 20, 2014

A não saída

Uma bela sexta-feira à noite, o Almirante Cascavel, decidiu ficar em casa (!!!). Como tal, sábado de manhã acordou fresquinho e decidiu ir dar um passeio por Lisboa. Deparou-se com uma realidade diferente daquela a que está habituado e registou assim, de forma quase científica, esse belo sábado:

-         - Um número substancial de pessoas caminha pela rua ao sábado de manhã, aparentando terem dormido a noite toda
-        -  Apresentam um ar saudável e interagem uns com os outros de forma relaxada
-        -  Um número igualmente grande de pessoas opta pela leitura; parece que existem publicações que resumem tudo o que de significativo se passou durante a semana; decidi comprar uma, verificando no momento, que o peso dessas publicações equivale, a mais ou menos, meia caixa de Skip
-         - Noutro local, verifiquei que existem espaços – muito populares também – onde se vende peixe, fruta, flores e artigos relacionados, com um alto índice de frescura; indagando junto de um comerciante o motivo da popularidade destes espaços, foi-me explicado que muitas pessoas preparam um almoço especial ao fim-de-semana. Fiquei absorto na ideia de alguém almoçar ao fim-de-semana
-         - Pela tarde, dirige-me a outro local bastante em voga: um centro comercial. Para além de ver milhares de pessoas a comer como se não houvesse amanhã, reparei ainda numa versão mal amanhada de after de after em algumas lojas de roupa/calçado, onde a música electrónica de mau gosto impera. Ainda assim, consegui dar um passo de dança com uma das funcionárias
-         - Dentro destes centros comerciais, existem ainda, grandes salas com imensas cadeiras onde podem ser visionados filmes com cerca de duas horas. Lembrei-me imediatamente das ‘dark rooms’ do Berghain; questionando um casal que encontrei na entrada de uma dessas salas, explicaram-me que o conceito não é tão abrangente, ou seja, normalmente não envolve sexo propriamente dito, mas é utilizado em muitos casos para dar uns beijinhos (logo vi)
-         - Antes de sair do centro comercial, vi um senhor com um turbante a cozinhar e um número considerável de pessoas ouvindo o seu discurso com atenção (o sotaque era peculiar); pelos vistos, a cozinha é um tema de facto popular aos fins-de-semana
-         - Perto do rio, fiquei abismado com o autêntico ginásio a céu aberto que esta zona da cidade proporciona; penso inclusive, ter visto um rapaz parecido com um cyborg: contei pelo menos 6 gadgets visíveis. Interpelei-o, indagando-o sobre tal parafernália, respondendo ele que as próprias sapatilhas emitiam informação para o seu telemóvel, informação essa que posteriormente ia para a “Cloud” (?!) e depois para as redes sociais. “Do Tejo para o Facebook” foi o slogan que me ocorreu no momento
-         - Atordoado com todas estas novidades, fui para casa ler o tal semanário, onde verifiquei que o mundo continua absorvido numa imensa perplexidade. Parei a meio, na medida em que já estava a ficar deprimido. Liguei a televisão e reparei que na maior parte dos filmes disponíveis ao fim-de-semana, os animais têm a capacidade de falar e dar uma espécie de lição de moral no fim do filme. Era como se tivesse ido a uma missa de forma encapotada
-         - Depois de toda esta aventura, alterei os meus planos (ficar em casa de novo) e fui sair à noite. Se os sábados são assim, imagino os domingos!


Divorce - The Checklist

When you get divorced, things can get a little bit out of hand. Like marriage was a life changing event, so will be divorce. Eventually, you are now an adult and you will feel at some point, the freshness of youth pumping in your veins again. Therefore, we have come up with a very useful list of things you can do, when the day comes:

- Get a wild animal; not a dog, not a cat, not a fish. Maybe a snake, an iguana or a bat
- Radically change your haircut
- Buy clothes one generation ahead of you
- Get drunk twice a week (or more if you can handle it)
- Practice unsafe sex
- Become a TV sports maniac and subscribe all the paid channels you can imagine
- Same goes for porno TV channels
- Book vacations in places where you know things will happen (Ibiza, Amsterdam, etc..)
- If your boss asks anything, just say you are getting divorced with that stupid face people expect you to do
- Buy a motorcycle
- If you really need a girlfriend, get a foreign one
- Know by heart all the places in town where quality whisky is cheap
- Get a second cell phone (if you're getting divorced you probably have one already)
- Make a divorce party that will make at least three of your friends to file divorce as well
- If someone asks you your civil status, just say the one that suits most the occasion
- Listen to annoying, repetitive music (as loud as possible)

While this list might appear as a very "I don't give a damn" list, this is the way people will see you as a divorced person. Even if you don't practice any of the ideas here displayed. So.. Just do it!

PS: Crazy weekend coming up in Lisbon! Strong chance that next week's post can be about.. you!

Monday, March 10, 2014

The Love Theory

Hi,

Today we have decided to make a new post in English; if you have any trouble with the language you can contact us, and get the Portuguese version of this text for a small amount of money (30.000€). Since all the members of this blog often have issues/situations/events on the love topic, many questions arise every week. The Admiral Rattlesnake wrote a text on this exciting topic and apparently come up with some answers: 

Among all the crazy rides I've been into this life, what disturbs me most, is not the time spent or the disappointments I have found along the way, but my inability to understand a simple but yet intricate network of feelings called love.

I know its a million dollar question, notwithstanding, I never saw a millionaire saying he fully understood what love was all about. If you think it over and despite the fact we talk about love often, we cannot give a decisive, objective, academic explanation on the topic. Not even doctors or uber psychology masters. Sure, they have an opinion on it, but see, it will naturally differ from person to person.

I start even to think that all those ancient treasures we hear about are much likely the formula to eternal love or something alike. We spent, literally (!!!), a lifetime in search of love. The time we don’t spent on it, is much likely, time spent on healing from love. Yet, among all the expertise, science, technology and human development we have achieved, no single answer can be conclusive.

Yet, love is there all the time, waiting for us to unpuzzle it.

William S. Burroughs was known to be extremely cold hearted. Even he, the man who shot his wife in the head, stupidly playing the William Tell game with her, wrote this as his final words before he died:
“There is no final enough of wisdom, experience – any fucking thing. No Holy Grail, No Final Satori, no solution. Just conflict.
Only thing that can resolve conflict is love, like I felt for Fletch and Ruski, Spooner and Calico. Pure love. What I feel for my cats past and present.
Love? What is it?
Most natural painkiller there is.
LOVE.”

Took him his whole life to understand this, as he wrote it for the first time, three days before he passed away. Why? Why is it that in order to love in all of our abilities, we have to think, rethink, thing again and still, we might not come up with something useful?

Simple. Because, to really feel love you can’t do it on your own. Sure, you can love a deity, shit, you can even love a rock for the matter, but the bottom line is you need to feel loved back. Ah! And this is why no one can give you a simple, direct definition on the subject.

Maybe, just maybe, this was the reason why Bukowski wrote that you should “Find what you love and let it kill you”, as once is found, the purpose of this whole hysteria we sink our lives in, might just be that. To find love. And the road ends.


Wednesday, March 5, 2014

Bloop Sarau @ Fontoria - Party Report



Os Saraus da bloop confirmam-se efetivamente, como eventos em que este blog e os seus membros fazem questão de estar presentes. A multiplicidade de eventos dentro do próprio evento - qual Feira Popular com os seus diferentes espaços de entretenimento - tornam estas festas num lugar onde até o Tim Burton teria dificuldade em criar um dos seus fantasiosos mundos, tal é a viagem sensorial a que os visitantes são expostos.

O Almirante Cascavel e o Iglesias do Techno entraram juntos na festa. Tinham enviado há alguns minutos atrás, o General Wireless para efetuar um reconhecimento básico de terreno, sendo que, assim que chegaram, este já se encontrava em intensas manobras de aperfeiçoamento filosófico com uma jovem da qual não conseguimos apurar o nome. Assim que desceram os primeiros lances de escadas, o Almirante Cascavel olhou para o Iglesias do Techno e viu no seu olhar um misto de nostalgia e eventualmente alguma tristeza (ou saudade):

Almirante: Então, o que é que se passa?
Iglesias: Eh pa.. acho que foi neste corrimão..
Almirante: Sim..?
Iglesias: É que havia uma altura em que costumava vir aqui.. E conheci uma miúda chamada Joyce.
Almirante: Joyce?
Iglesias: Sim.. Joyce..
Almirante: Não me digas que te apaixonaste por uma stripper?
Iglesias: Ouve lá, até tu te apaixonavas, não estás bem a ver o pedaço de mau caminho que era aquilo.
Almirante: Ok.. anda lá vá.

Seguiram o seu caminho e o Iglesias parou de novo quando chegaram ao recinto propriamente dito. Veio à cabeça do Almirante a frase final do filme "O Gladiador" (what you do in life echoes in eternity) e comentou-a com o Iglesias em jeito de brincadeira, de modo a que ele saísse daquele modo nostálgico-parvo. O Iglesias respondeu-lhe: "Na minha relação com o Fontoria foi mais, What you do in life, echoes in your bank account." Riram-se os dois e chegados à pista deparam-se com uma verdadeira parada de estrelas noturnas: General Wireless, Cats, Bo Derek, Killer Shadow, Conde de Forrobodó, Tomorrow Never Dies (entrevista para breve com o último a propósito) o Senhor-Que-Toca-Sempre-No-Fim, The Astonishing Kate, Figs the Menace e ainda um maravilhoso conjunto de meninos e meninas de uma conhecida marca de bebidas, que tem animado ultimamente a noite lisboeta e que levam deste blog desde já, classificação máxima!

Mas o Iglesias voltava invariavelmente à depressão, apesar do animado ambiente e da música a condizer. O Almirante puxou dos galões e tentou arrumar a questão:

Almirante: Ouve lá, mas vieste para aqui pensar na vida ou dançar?
Iglesias: Isto é complicado para mim Almirante.. Não há Joyce, não há varão, não há a minha garrafa de Jack Daniels, não há a minha mesa.. isto está mudado.
Almirante: E se eu te disser que te arranjo isso tudo?
Iglesias: A sério?!

O Almirante piscou-lhe o olho e foi dar uma volta. E que volta! O calor intenso que se fazia sentir, tornava as deslocações dentro do recinto um pouco rebuscadas, mas por outro lado, trazia aos seus visitantes, ímpetos que só o calor pode trazer ao corpo humano e às suas excitantes partes. Foi então com pouco espanto que o Almirante Cascavel presenciou uma multiplicidade de eventos:

- numa das casas de banho, uma interessante jovem banhava alegremente o Conde de Forrobodó (apurámos mais tarde, que se tentava reproduzir naquela cena, um ritual de banhos da antiga civilização romana)
- um pouco depois, o Senhor-Que-Toca-Sempre-No-Fim surge de rompante numa parte da cabine, em tronco nú (desta feita reproduzindo um número recente da revista GQ)
- o sempre animado Tomorrow Never Dies recebe um convite tórrido para pernoitar fora de casa (reprodução na forma tentada, não sabemos se aceitou ou não o convite)
- Bo Derek - sempre fatal - a despachar categoricamente um cavalheiro que não tinha percebido que ainda tinha muito que andar até começar a pedalar (reprodução frustrada)
- dois jovens (identidade também por apurar), beijavam-se intensamente num dos sofás perto do WC, por baixo de um monte interminável de casacos; conseguia ver-se apenas um braço e parte de um pescoço. Julgamos que o padrão de um dos casacos que estavam no monte foi confundido com um edredon, daí o local escolhido para a troca de saliva (reprodução efetiva)

Perante este cenário, pensou o Almirante Cascavel: "Ainda está aquele gajo preocupado com o Fontória de antigamente." Quando voltou à pista, já estava o Iglesias executando a sua célebre dança de chuva, encantando e hipnotizando uma jovem de vestido preto.

Almirante: Então, ainda estás a pensar na Joyce?
Iglesias: Quem?!

Exactamente.

(Baseado em factos verídicos)