Wednesday, November 20, 2013

Entrevista da semana - General Wireless

Entrevistador: De onde vem o seu nickname “General Wireless”?

GW: É uma história interessante, ou melhor, um conjunto de histórias interessantes para as quais seriam precisas dez entrevistas para responder com exatidão. Digamos que, o universo da palavra Wireless em conjunto com a minha disponibilidade e desinibição para a interação com o sexo feminino, contríbuiram para que me chamem por este nome.

Entrevistador: Podia ser mais específico?

GW: Não. Posso apenas dizer-lhe que o termo “sem fios” se aplica bem às minhas interacões.

Entrevistador: É também conhecido por interagir com frequência com raparigas de outros países. Consegue nomear a proveniência (países) das raparigas com quem já teve as tais interacções?

GW: Consigo. Assim de cabeça.. Algéria, Lituânia, Itália, Holanda, Reino Unido, Botswana, Austrália, Espanha, França, Panamá, México, Brasil, China, Rússia, Ucrânia, Finlândia, Suécia, Marrocos, Egipto, Eritreia, Congo, Canadá, Laos, Madagáscar, Mauritânia, Malawi, Uganda, Tuvalu, Venezuela, Emirados Árabes, Iémen, Togo, Indonésia, Timor Leste, Turquemenistão, Costa Rica, Croácia, Dinamarca, El Salvador, Cuba, Estónia, Etiópia, Haiti, Guiné Equatorial, Irão, Islândia, Vaticano, Ilhas Malvinas, Grécia, Chipre, Colombia e Ilhas Marianas.

Entrevistador: De certeza, que está tudo?

GW: Penso que não.. lembro-me também de conhecer uma rapariga muito interessante antes de cair o muro de Berlim, mas não me lembro bem de que lado do muro lhe dei um beijinho.

Entrevistador: Tendo em conta, as múltiplas experiências que deverá ter adquirido, recorda-se de algum momento em particular?

GW: Sim. Uma experiência quase sexual com uma jovem de vinte e seis anos dos Territórios Ocupados da Palestina. Marcou-me bastante até porque quase me apaixonei sem nunca lhe ter visto a cara.

Entrevistador: É também conhecido, por frequentar, os chamados afters. Pode explicar-nos um pouco melhor?

GW: Sim, gosto efectivamente de ir a afters. Tem um ambiente único e é o local em que todos aqueles – e aquelas – que gostam de dançar e de se divertir um pouco para além do horário habitual têm oportunidade de o fazer. Para além disso, é mais fácil.

Entrevistador: Mais fácil, como assim?

GW: Não seja parvo.

Entrevistador: Ok. Uma curiosidade para os seus fãs. A quantos afters já foi num único fim-de-semana?

GW: Ora bem.. lembro-me que em tenra idade, fui sair à noite numa quinta-feira. Fui ver um qualquer DJ ao Lux que não me recordo agora do nome. Acabei de manhã no Basement a dançar com um travesti que parecia tal e qual uma rapariga que tinha conhecido há duas semanas atrás. Fomos depois para casa de um amigo, after do after portanto. Nessa mesma sexta-feira, fui novamente ao Lux. De manhã passei no Europa (que funcionava no Cais do Sodré na altura) mas não gostei muito do ambiente. Dei um pulo ao Copenhaga, onde dancei uma balada de rock com uma tailandesa que me garantiu nunca ter feito os famosos shows de ping pong. Apanhei um taxi com ela até ao Benzina e fomos depois para casa de uma amiga no Rato (after do after novamente). Já estaríamos no sábado desse tal fim-de-semana. Depois de um bom jantar e de ter ido deixar a tailandesa ao aeroporto, fui com uns amigos ao Urban Beach. Não costumo ir a esses sítios, mas recordo-me de ter combinado com uma rapariga iraniana nessa tal discoteca. Fartei-me em três tempos daquilo e levei a iraniana até ao Opart. Dali seguimos directo para o Benzina, que naquele dia não estava também grande espingarda e depois não sei porqu­ê, perdi a iraniana de vista. Dei por mim sozinho no Benzina, sem amigos, nem miuda. Não me dei por vencido e apesar de faltar só meia hora para o Europa fechar, ainda passei lá. Nem cheguei a entrar, mas fui convidado para ir ao after do Art&tude. Estava melhorzinho e ainda me safei com uma italiana de Verona. Acabado o after, fui novamente para o after do after  em casa de uma amiga e assim se passou um fim de semana.

Entrevistador:  Como é que conseguiu estar tanto tempo sem dormir?

GW: Não seja parvo.

Entrevistador: Como sabe, muitos jovens hoje em dia, têm dificuldades em interagir com raparigas. Pode dar uma palavra de ajuda a estas pessoas?

GW: Posso. Muitos dos meus amigos fazem-me a mesma pergunta. Como é que me safo tão bem. Em primeiro lugar, temos que partir da máxima de um antigo actor porno japonês que eu tanto estimo: “A uma todas têm direito.” Seguindo este princípio eliminam-se vários factores de inibição comuns, “Ah, não gosto do cabelo daquela”, “É amiga da minha prima”, “Só gosto de morenas”. São príncipios de conclusão errados e que não ajudam ninguém. Em segundo lugar e tendo em conta que estamos a falar de ambientes noturnos e onde a música está alta, pouca conversa.

Entrevistador: Pouca conversa?

GW: Sim, pouca conversa. Ao contrário do que muitos pensam, eu não tenho grande conversa. O meu forte é o impacto inicial, ou seja, uma mão por detrás das costas, ou perto do pescoço, um beijo perto dos lábios, enfim, pouca conversa. Quando dão por ela, já está.

Entrevistador: Assim tão simples?

GW: Sim, a vida é simples. Para complicações já me chega a semana.

Entrevistador: Quer deixar algum conselho aos seus fãs?


GW: Sim. Usem sempre preservativo.

Tuesday, November 19, 2013

O Quase After

Como puderam verificar no último post, a última edição do Neopop foi rica em episódios mirabolantes. Mas não nos ficámos por ali. O post de hoje, é dedicado ao companheiro de quarto do Almirante Cascavel, o desaparecido em combate, de seu nome, Mentiras.

Mentiras havia acabado de chegar de um interregno de seis meses no que diz respeito a eventos deste género. Ou seja, não molhava o pincel há um tempinho. Era tempo, portanto, de tratar do assunto. Que melhor oportunidade senão esta? Um festival de música electrónica, um calor abrasador e bebidas à mistura. Melhor só na farmácia, já dizia o Almirante Cascavel.

No segundo dia do Neopop, havia um after oficial, num bar algures em Viana do Castelo. Glamour, salvo erro. Não tinham combinado nada relativamente à ida ao after, porque com estas personagens já se sabe, combinar qualquer coisa com mais de meia hora de antecedência, é sempre um risco. A segunda noite foi bastante agitada. Agoria e depois Loco Dice deram conta do recado e Paco Osuna brindou os mais resistentes até ao nascer do sol com o seu famoso techno versão "música de baile". E de manhã começa o dia.

Ainda dentro do recinto, o Almirante Cascavel é abordado por uma jovem que dizia ser de Coimbra e que dizia conhecê-lo do dia anterior. Visivelmente confuso, mas não querendo ser antipático, o Almirante Cascavel não se desmanchou, cumprimentou a criatura e fez conversa de circunstância. Para situar o leitor - como já é habitual - são quase dez da manhã em Viana do Castelo. Aproximam-se o Mentiras e o Iglesias do Techno. De imediato, o Mentiras enceta conversação com a jovem conimbricense e em menos de dois minutos já a convidava para ir com ele ao after.

Perante tal invectiva, a jovem ficou um pouco na defensiva. Desviou de novo a atenção para o Almirante Cascavel, mas este, reparando que o jovem Mentiras precisava de mudar o óleo ao carburador, tentou desviar a atenção para uma conversa com o Iglesias. Começaram a andar para fora do recinto. Duzentos metros depois, a jovem de Coimbra coloca um ponto final na história do after: "Só vou se o Almirante Cascavel também for." Ora, havia aqui um pequeno problema. O Almirante Cascavel e o Iglesias do Techno têm uma regra relativamente a afters e desculpem os leitores, o vernáculo que vai agora ser reproduzido, mas tem mesmo que ser: "After só se houver tourada. Não há tourada, mais vale ir para casa." Por tourada, subentenda-se, interacção garantida com um ou mais elementos do género feminino.

Começa então, um autêntico massacre por parte do jovem Mentiras, que queria desesperadamente, ir ao after e os outros dois queriam ir descansar. Habituados a situações deste género, o Iglesias do Techno e o Almirante Cascavel tentavam em vão convencer o jovem Mentiras que pouco valia a pena ir para o after. Caminhando para o hotel, o Iglesias do Techno vê uma oportunidade para ajudar o jovem Mentiras. Junto a um veículo que debitava agressivas batidas, dançava uma sumptuosa mulher. Era morena, de cabelo escuro e dançava de forma sensual enquanto a sua cintura acompanhava a música. Dava pelo menos, dez a zero à jovem de Coimbra. Assim que chegam perto desta donzela, dizia a mesma: "Eu não consigo ir já dormir.. tenho que ir ao after!" Era amiga do Iglesias do Techno. De imediato, o Almirante Cascavel pergunta-lhe: "Importas-te que o nosso amigo vá contigo ao after?" Respondeu a bonita amiga do Iglesias, que não havia qualquer problema. Eis que, para espanto quer do Iglesias, quer do Almirante Cascavel, o jovem Mentiras disse que não, que não queria ir. Insistiram mais duas ou três vezes e o jovem Mentiras, nada. "Não quero ir, a sério."

Continuaram a caminhar para o hotel.

Como é óbvio, o Almirante e o Iglesias começaram a derreter a cabeça ao jovem Mentiras. Se queria ir tanto ao after, porque é que não foi? Ainda para mais com uma mulher tão atraente? E pior ainda, porque é que depois de ter dito à rapariga que não queria ir, continuava a dizer que queria ir, mas que o Iglesias e o Almirante tinham que ir com ele?

Iam os três a discutir, quando surge um novo grupo de raparigas.

Desta vez, eram nada mais, nada menos, do que oito raparigas. Oito! E claro, para não variar, eram amigas do Iglesias do Techno. Depois de uma pequena conversa e de uma delas - bem atraente também por sinal - ter ficado para trás, o número de circo repetiu-se: "Levas o nosso amigo para o after que nós queremos ir descansar?" Claro, respondeu a atraente e bela amiga do Iglesias. Começa de novo o fadinho: "Não quero ir a sério, obrigado."

E não foi mesmo. Lá foram os três para o hotel, ficando no ar a dúvida, sobre a orientação sexual, do jovem Mentiras.

 

Tuesday, November 12, 2013

Neopop 2013

Se bem se recordam, o material promocional alusivo ao festival em epígrafe, incluia sangue. Muito sangue. Os nossos ilustres heróis, em concreto, o Iglesias do Techno e o Almirante Cascavel, tentaram por tudo, incorporar esse espírito algo agressivo que o festival incutia e como vão ver de seguida, não fizeram a coisa por menos.

De manhã começa o dia, diz o ditado. Pois bem, no caso deles começou de noite. Não se entusiasmem, porque no que diz respeito à noite propriamente dita, não existiram altercações significativas. Mas quando o sol despontou, meus amigos, ambas as personagens começaram, literalmente, a dar cartas. Terminada a primeira noite, o Almirante Cascavel lembrou-se de repente que tinha um compromisso de natureza bancária. Primeiro assustou-se, porque tinha mesmo que assinar aqueles papéis, depois acalmou-se assim que conseguiu começar a raciocinar: "Ora bem.. são nove da manhã, hoje é sexta-feira, de certeza que há uma sucursal do meu banco aqui, é só explicar a situação e resolvo o stress na hora. Tá limpo." E limpo ficaria efectivamente, mas com algumas particularidades. À chegada ao balcão da tal sucursal bancária e devido ao facto do piso referente ao festival Neopop ser em terra batida (nem podia ter outro nome a terra deste festival), o Almirante Cascavel apresentava-se com uma indumentária pouco recomendável para o efeito, ainda assim, a urgência justificava tal acto. Bom dia, disse então o Almirante Cascavel, perante um funcionário um pouco assoberbado com tal episódio. Explicada a situação, surge o primeiro problema: o nome da agência de onde eram suposto virem os tais papéis para assinar. Forca, era o nome da sucursal de origem, o que causou alguma perplexidade ao funcionário. Contudo, lá se confirmou a informação e a agência chamava-se mesmo Forca. Trinta minutos volvidos e perante um Almirante já impaciente, lá foram os papéis assinados e a missão bancária cumprida. 

Com a brincadeira, já eram quase dez da manhã. Lembra-se de repente o Almirante Cascavel: "Espera lá, mas havia um after não sei aonde." Qual Dom Sebastião a sair do nevoeiro, aparece o Iglesias do Techno dentro de um táxi de nove lugares. "Entra Almirante.. vamos para o after." O Almirante entrou e ficou um pouco preocupado. O Iglesias do Techno ia no lugar da frente do táxi. Apesar de todas as qualidades que distinguem esta lenda das pistas de dança, temos que fazer aqui uma confissão: o sentido de orientação do Iglesias do Techno é idêntico à de uma toupeira cega. Mais preocupado ficou ainda o Almirante Cascavel, quando verificou que em primeiro lugar, de todas as pessoas presentes no táxi, ninguém sabia onde ficava o after e em segundo lugar que o Iglesias do Techno decidiu ir a falar com o taxista sobre a tabela de preços praticada por DJ's de topo. Soube assim, aquele velho taxista de Viana do Castelo que o Dubfire em princípio, era homem para cobrar quinze milenas e o Richie Hawtin umas quarenta à vontade. Causou algum espanto ao taxista, apesar do senhor não fazer ideia de quem se tratavam. 

Uma hora e dezassete telefonemas depois, conseguiram chegar ao after. As preocupações do Almirante atingiam agora, proporções maiores. Havia uma piscina no after. O Iglesias do Techno, perante o sol abrasador de Viana do Castelo em Agosto, não fez a coisa por menos e equipado com três pranchas de bodyboard, duas bóias (sendo que uma era daquelas tipo patinho) e três pares de braçadeiras, deu um autêntico espectáculo, qual atleta olímpico da categoria. Fique aqui registado, que do material aquático atrás descrito, só sobrou inteira, uma bóia.

Terminado o espetáculo, decidiram ir descansar. Mas houve alguém que decidiu, "beber mais um copo". O Almirante Cascavel. Só para situar o leitor, neste momento da história, rondam as três da tarde em Viana do Castelo. Mais dois dedos de conversa e angariada uma boleia de volta para Viana, o Almirante Cascavel foi largado na avenida principal. Comeu um hamburguer, bebeu uma Coca-Cola e dirigiu-se para o hotel. No caminho, duas jovens espanholas pedem-lhe lume. Convidam-no para se sentar no colchão insuflável em que se sentavam. Falaram um pouco sobre Portugal, sobre a vida e sobre o festival. Apertado com o calor, decidiu o Almirante seguir viagem. Deu três passos e pensou: "Vou-lhes fazer mais um pouco de companhia. Não são de cá, até parece mal." E assim ficou o Almirante Cascavel e duas espanholas em amena cavaqueira. Situando de novo o leitor, por esta altura são já cinco da tarde em Viana do Castelo. Era tempo de ir ao hotel. 

No seu relaxamento habitual, o Almirante Cascavel não tinha reservado qualquer quarto. Chegado à recepção, verifica que o Iglesias do Techno, que tinha previamente reservado um quarto, estava ainda à espera que lhe fosse atribuido um. "Ainda não estás a dormir?" pergunta o Almirante em tom de riso e já com a chave de um quarto na mão. "Estes gajos são uns atrasados, trata-me lá dessa merda." Subiram os dois no elevador até um andar ao calhas, perguntaram a uma menina que fazia camas o número de um quarto que estivesse vago, voltaram à recepção e informaram os quatro inúteis funcionários que o quarto 121 estaria pronto para ser ocupado. A muito custo, o Iglesias do Techno lá recebeu a sua chave e foi descansar. 

Terminamos esta história informando o leitor finalmente, que por esta altura, eram seis da tarde em Viana do Castelo.

NOTA: História baseada em factos verídicos :)

Mind and Matter

Hoje, em jeito de dose dupla, vamos apresentar-vos os outros dois cavaleiros do apocalipse em falta: Rashid do Deserto e o Almirante Cascavel. Eles dão literalmente, corpo e alma a este colectivo, enquanto que as duas anteriores personagens limitam-se a conhecer raparigas e ficar bêbados.

Rashid do Deserto é em primeiro lugar, a mente do colectivo. O cérebro da organização. É ele que define a filosofia, princípios e métodos sobre os quais o colectivo Beaten by Cables desenvolve as suas atividades em território hostil. Ou não. Tem noites que não dá uma para a caixa. Contudo e fazendo jus ao nome, regra geral, Rashid do Deserto, consegue no seu calmo e ao mesmo tempo, hipnótico, tom de voz, endrominar qualquer indivíduo/a que se tente bater com ele. Esta conduta grangeou-lhe - tal como ao General Wireless - fama por toda a Europa e hoje em dia, é possível encontrá-lo em distintos eventos como o Off Sonar ou o Timewarp.

É também importante realçar, que Rashid do Deserto, tenta em vão e já há algum tempo, converter o idioma oficial do coletivo, para deep house. Sem sucesso, devo dizer. O Almirante Cascavel à cabeça e o Iglesias do Techno, como o nome do último indica, permanecem fiéis a sonoridades mais agressivas. Mas não se deve de todo, subestimar as capacidades de Rashid do Deserto. Um caso único da catch phrase "You can run, but you can't hide."

Vamos agora ao Almirante Cascavel (pausa). Vamos lá. O Almirante Cascavel representa a parte operacional do colectivo. Basicamente, é ele que põe em prática os planos gizados por Rashid do Deserto e trata dos aspectos logísticos relacionados com as deslocações destas quatro andorinhas. É também responsável pelas ligações sociais com outros grupos e outros colectivos, sendo conhecido um pouco por todo o mundo. Apesar de ser um fervoroso adepto do Techno, é possível encontrá-lo de forma relativamente frequente noutros eventos. Ainda assim, mantém a postura e independentemente do estilo musical, dança sempre da mesma maneira.

Poderíamos tentar descrever esta personagem mais a fundo e de forma mais detalhada, mas nada o descreve melhor do que as aventuras a que o próprio se sujeita. Como tal, aconselha-se o leitor, a ler atentamente os posts que incluem esta personagem, na medida em como foi referido, a adjectivação não é suficiente para classificar tal vil criatura.

Neste sentido, vamos inaugurar, uma das rúbricas do nosso blog: o party report. O primeiro party report vem com três meses de atraso e vai falar sobre o festival de música eletrónica Neo Pop, evento esse, que teve direito à presença de dois dos cavaleiros do apocalipse: Almirante e Iglesias, desbravaram águas em Viana do Castelo onde reinventaram vários conceitos, desde o sector bancário até à indústria das piscianas.

Não percam o próximo post e lembrem-se que os quatro juntos, não fazem meio.

Wednesday, November 6, 2013

O Iglesias do Techno

O post de hoje é dedicado à apresentação da segunda das nossas quatro míticas personagens: o assombroso, diletante e não menos perturbador, Iglesias do Techno.

Aquilo que à primeira vista, se aparenta com um ser humano algo frágil, puro e cheio de sinceridade é na verdade, uma amálgama de personagens, estados de espírito e processos de intenção que podem desembocar em atitudes e comportamentos distantes e dicotómicos, como paixão/ódio, esperança/desespero ou gin tónico/água.

Nesta multiplicidade personalística ( nem sabemos se esta palavra existe), o famoso Iglesias do Techno opta normalmente pela sua versão de DJ. Neste registo, as suas opções variam entre uma atitude de soft power (tipo Obama em princípio de mandato) e uns laivos de agressividade saudável (mais uma coisa que não sabemos se existe). Caracteriza-se também, por chegar regularmente atrasado a todos os eventos para os quais é convidado - mesmo que seja o próprio a organizar esses eventos - e também por demorar mais tempo a arranjar-se do que qualquer uma das leitoras deste blog. 

Mas se acha que o Iglesias do Techno por aqui se fica, engana-se. Esta personagem, possui uma das maiores redes de networking feminino disponíveis em todo o mundo. Chegou mesmo a colaborar recentemente com agências de espionagem norte-americanas no âmbito do processo Snowden (tinha o Facebook de todas as namoradas de Edward Snowden desde que este ingressou na escola primária). Neste sentido e pela noite ser o seu habitat natural, é frequente vê-lo aqui e ali, conversando e namoriscando as gaiatas, havendo também rumores que foi ele o mentor do verso incluído num fado celebrizado por Amália: "E os rapazes perdem o juízo / quando lhes dá, o cheiro a rapariga".

Por último, mas não menos importante, é a versão do Iglesias do Techno em modo after. Tal como nas situações atrás descritas, é difícil definir um estereótipo, na medida em que a abrangência do seu esplendor na pista de dança é de facto, díficil de calcular. Ainda assim, este blog conseguiu identificar um comportamento relativamente frequente e o qual decidimos designar por Faca Afiada. Quer isto dizer, que o nosso Iglesias, em modo Faca Afiada, qual talhante de Odivelas em dia de churrasco, utiliza o poder da sua network para levar os bifes do lombo a bom porto, ou melhor.. a bom prato! Qualquer coisa, rega os bifes com Benzina.

Não percam amanhã, a apresentação da nossa terceira personagem, o glorioso, Rashid do Deserto.

Tuesday, November 5, 2013

General Wireless

Vamos começar por introduzir as personagens que vão fazer as delícias deste blog: o destemperado General Wireless, o assombroso Iglesias do Techno, o infindável Rashid do Deserto e o não menos dilacerante Almirante Cascavel. Os quatro, quais cavaleiros do Apocalipse, espalham magia, ternura, confusão e tensão sobre as pistas de dança um pouco por todo o mundo. Sim, mundo. Portugal é pequeno para eles e frequentemente, lançam-se em aventuras fora do nosso rectângulo. Não têem um lema, mas seria algo parecido com um "To the infinite and beyond". Ou algo do género. Adiante.

No post de hoje, vamos apresentar-vos uma lenda das festas, e quando nos referimos a festas, não as reduzimos a eventos de música eletrónica. Falamos de uma multiplicidade de eventos e locais, desde o famigerado Lux até ao baile de domingo da Associação Recreativa e Cultural da Brandoa.

Falamos do incomensurável, General Wireless!!!

A palavra wireless, significa literalmente, sem fios. Esta didática transporta-nos para uma ideia de libertação, para um desligar daquilo que é efectivamente físico e que em certa medida, nos conduz para um universo em que sentimentos se cruzam vertiginosamente com sensações e em que um grandesíssimo imbróglio dali resulta basicamente.

Depois desta descrição, ficamos a pensar que o General Wireless é um ser autêntico, carente e que se apaixona com relativa facilidade. Tudo isto corresponde à verdade, sendo importante acrescentar que se desapaixona com a mesma facilidade com que se apaixona. Especialmente, se estivermos a falar de pessoas estrangeiras. Ou da linha de Sintra. Mas como qualquer galã que se preze, o General Wireless, consegue apesar de tudo, manter um excelente relacionamento de amizade com todas as suas conquistas, o que lhe tem valido estadias grátis em países longíquos como o México ou menos distantes como o Chipre ou a Eritreia (para quem não sabe, a Eritreia fica numa zona chamada, o Corno de África).

Como vão ter oportunidade de verificar ao longo do tempo e pelas histórias que vamos aqui documentar, o General Wireless é uma espécie em vias de extinção. Seria um fadista nos anos 40 ou um pornostar dos anos 80.

Nas palavras de uma das suas conquistas (enquanto a mesma o abraçava junto de um bonito nascer do sol em Santa Apolónia): "I hope this paradise can never end". Infelizmente para ela terminou, mas o General Wireless, vive brilhante na sua memória.

Na dela e nas nossas.

Hasta la vitoria siempre!!