Num sábado sem sol, Lisboa deixava cair o seu manto cinzento sobre o rio. Perto - bem perto - um industrial e recuperado espaço, de seu nome Village Underground, esperava calmamente, por um cósmico e delicioso evento, de seu nome Electronic Gang Unit Act I.
Nada mais, nada menos, do que cinco aniversários juntos, ou seja, a receita certa para dar merda. Da boa, naturalmente. Juntaram-se assim Almirante de Pedrouços, o Pensador de Alverca, Ms. Tough, Poison Ivy, e o grande Comendador Vermelho para a celebração da coisa.
Ora, tal ajuntamento de celebridades exigia que o line up de DJ's estivesse à altura do acontecimento. Outra constelação tomou forma em jeito de lineup, vejam bem:
- Cavilhas d'Alcântara
- Sony di Vaio
- O Lobo de Wall Street
- O Pirata de Alcagoitas
- Caixa de Velocidades
- Iglesias do Techno
- Loco Dice d'Ajuda
- O Pensador de Alverca (num momento inédito, acumulou funções de aniversariante e DJ, entre outras coisas durante a festa)
Apesar da chuva que se fez sentir, Lisboa acedeu ao chamamento e a partir das dezassete horas daquele dia, a batida já estalava entre paredes, tectos e tijolo. Mas vamos então, ao verdadeiro início. Almirante, Loverdose, Ginger Ale e a nova personagem do blog Liliputh (clara referência às famigeradas Viagens de Gulliver), juntaram-se para um distinto repasto nesse dia. Claramente e após uma errada dosagem de vinho tinto, enfrentaram o vendaval e com alguma dificuldade, lá chegaram à festa.
Uma das primeiras preocupações de Almirante aquando da sua chegada ao local, foi o piso irregular que encontrou e que com a chuva poderia tornar o regresso a casa um tanto ou quanto, cambaleante. Assim foi. No caminho de volta encontrou dois amigos que haviam literalmente capotado e que se debatiam fortemente com o equilíbrio do seu corpo. Após uma breve explicação sobre as funções motoras básicas do corpo humano, Almirante conseguiu encaminhar as duas personagens até um táxi. Soube mais tarde, que solicitaram ao taxista, uma pequena viagem até ao Europa.
Sobre a festa propriamente dita, de registar a excelente qualidade musical que se fez sentir, o agradável espaço escolhido para o evento e ainda a massa humana que efectivamente, fez a festa.
As viagens ao exterior do recinto, foram marcadas por vento fraco ou moderado, alguma precipitação nas terras altas (?!) e humidade relativa no interior de algumas viaturas.
Tendo em conta o entorpecimento mental ao qual as personagens do blog foram sujeitas, pouco se conseguiu apurar durante a festa, a não ser alguns soundbytes do nosso enviado especial John Rebel, que terá registado a seguinte pérola:
A - Está tudo?
B - Melhor só na farmácia.
A - Quantos anos fazes?
B - 33.
A - Isso não é nada.
B - Se não tivesse já dado três voltas ao conta-quilómetros.. ya.
Para o ano há mais certamente!
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Tuesday, November 3, 2015
Monday, September 7, 2015
Lisb_on Jardim Sonoro 2015 - TODA A VERDADE
Olá!
Depois de um longo período de reflexão e pausa, regressámos às lides artísticas e nesse sentido, aproveitámos a deslocação que fizemos ao centro da bonita Lisboa para voltar a deslumbrar-vos, quiça, ensandecê-los com as nossas crónicas.
Porque o assunto tem alguma importância e porque os nossos milhões de leitores estão habituados a saber em primeira mão tudo sobre os eventos de música electrónica que frequentamos, avisa-se desde já, que o texto que se segue tem uma natureza satírica e que nenhuma responsabilidade jurídica poderá ser imputada ao(s) autor(es) deste texto. Para além disso, vivemos todos em países sem acordo de extradição e o blog encontra-se num servidor nas Ilhas Caimão.
Vamos lá.
Almirante e a sua arrebatadora paixão - Loverdose - almoçaram pelos lados da Mouraria juntamente com algumas caras conhecidas deste blog. Depois do repasto e quando a tarde insistia em clarear Lisboa, dirigiram-se até ao recinto. Depararam-se com uma bíblica fila, onde despontava um pouco de tudo: caras conhecidas, desconhecidas, por conhecer, várias nacionalidades e diferentes línguas. Um mundo. Almirante decide então investigar o porquê de tal impropério e começa a descer a rua. Até alcançar um dos vigilantes seguranças, teve tempo para ver dois jovens a jogarem à bisca, outros dois a dar um workshop de origamis e ainda um inaudito viajante montando já a sua tenda e aquecendo-se numa pequena fogueira. Com algum desespero e como é habitual nestas ocasiões, a ajuda veio do local habitual: Iglesias do Techno, essa incontornável referência do 'photoshoot' caseiro. Com um sms de apenas 84 caracteres, Iglesias instruiu Almirante sobre como entrar no festival em cerca de quinze minutos. Seguiu as instruções ao milímetro e lá conseguiu entrar.
Lá chegado, deparou-se com um aparente oásis: para onde se virava, só via balcões verdejantes com refrescantes bebidas esperando por si. Rapidamente percebeu também que a coisa ia demorar. Sempre questionando mas nunca criticando, Almirante decide descobrir o verdadeiro motivo de tais filas intermináveis. Como a vida lhe ensinou, a resposta está sempre na pista. Para lá se dirigiu e encontra de imediato General Wireless. "Pronto, está tudo explicado", pensou.
Como é sabido, General Wireless move multidões e paixões. Há já algum tempo que não se apresentava na sua cidade natal e depois de saberem do seu novo corte de cabelo e respectiva barba, os seus milhares de fãs, fizeram-se deslocar em massa até ao recinto. Como tal, se existe culpa a imputar, deve ser atribuída ao General Wireless e ao seu novo look. Não avisando a organização, foi impossível controlar o gigante fluxo de pessoas, gerando-se consequentemente as anormais filas já citadas. Se quiser registar o seu descontentamento com o não aviso de General Wireless, pode fazê-lo na sua página de fãs.
Apesar das dificuldades, Almirante é um homem que resiste a qualquer adversidade, qual Neoblanc do tech-house perdido. Verificando que uma boa parte do frontline se encontrava com um nível de hidratação abaixo do normal, foi trazendo Jameson's com Ginger Ale para gáudio da simpática grupeta que animava a festa.
No que diz respeito ao sonoro, Nicolas Jaar como era de esperar, fez um magnifico set, iniciando o mesmo com um sample de Zeca Afonso, viajando de seguida por algumas sonoridades já conhecidas do público, mas que justificavam o momento e que embelezaram o panorama no Parque Eduardo VII.
Nina Kraviz em termos de selecção musical esteve bem, no entanto, registaram-se algumas queixas relativamente ao volume do som (baixo). Tal como nas filas, fomos ao fundo da questão e fonte credível da Casa Sonotone, garantiu-nos que Nina Kraviz já foi a duas consultas auditivas e que apesar de ter sido recomendada a utilização de aparelho de audição, Nina recusa-se terminantemente a usar o mesmo. Aparentemente a cor do aparelho não combina com a sua cor natural de cabelo. A Casa Sonotone está a trabalhar numa solução para Nina Kraviz e apresenta as suas desculpas a todos os que se dirigiram ao festival.
No dia seguinte, Almirante ficou por casa, deixando a cargo de Loverdose o report da festa. Agora sim, sem filas para entrar ou beber, os festivaleiros tiveram oportunidade de desfrutar alegremente do espaço e da excelente qualidade musical que todos os artistas ofereceram. Cereja no topo do bolo para Michael Mayer, fazendo lembrar os seus saudosos tempos berlineiros. Não é para todos terminar com o "Love is in the air".
Resumindo e concluindo: para o ano vamos de novo.
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