Wednesday, January 22, 2014

Cats - A peça do puzzle

O blog Beaten by Cables, achou por bem, recrutar um elemento feminino para o seu staff. Como qualquer elemento feminino que se preze, só aos poucos conseguimos desvendar a verdadeira essência de Cats, a peça do puzzle que faltava e que irá certamente conferir a este blog, uma aura de alguma elegância e esperamos nós, alguma classe (já estava a precisar).

Como é já habitual, fomos conversar com a Cats para que o prezado leitor, melhor conheça esta misteriosa personagem que habita também, a noite lisboeta.

Entrevistador: Boa tarde. Como é que vê a sua entrada para este blog?

Cats: Com entusiasmo.

Entrevistador: Só isso?

Cats: Queria o quê? Que tivesse um orgasmo?

Entrevistador: Por exemplo. O que eu queria dizer, é que tendo em conta a reputação dos elementos deste blog, não teme que a sua reputação fique igualmente afetada?

Cats: Percebo o alcance da sua pergunta. De qualquer forma, há uma ideia errada no que diz respeito à reputação dos elementos do blog, como refere. Na verdade, são todos muito simpáticos e acessíveis.

Entrevistador: Sim, acessíveis, já todos percebemos que eles são e não é pouco. Quer então convencer-me de que nunca teve nada com nenhum deles?

Cats: Se está a referir-se a envolvimentos de natureza física e/ou emocional, não.

Entrevistador: Então como é que os convenceu?

Cats: Eu não convenci ninguém, eles é que me convidaram. Mas respondendo diretamente à sua pergunta, como convenço o resto das pessoas: com charme e personalidade.

Entrevistador: Como classifica a sua personalidade?

Cats: Incisiva.

Entrevistador: Consegue ser mais explícita?

Cats: Consigo. Mas tal como o prazer, sendo explícita é mais caro.

Entrevistador: Mais caro?

Cats: Não seja parvo.

Entrevistador: Não é a primeira vez quem me dizem isso numa entrevista.

Cats: I wonder why.

Entrevistador: Parece-me um pouco "enjoada".

Cats: Só se for da gravidez psicológica.

Entrevistador: Continuando. Pelo que percebo, frequenta os mesmos espaços que as outras personagens deste blog.

Cats: Sim, frequento.

Entrevistador:  Que visão tem da noite lisboeta neste momento?

Cats: Nenhuma, são quatro da tarde.

Entrevistador: Já vi que possui a mesma aspereza que os outros senhores que entrevistei. Referia-me à visão, mas não em termos literais.

Cats: Tem que ser mais explícito nas suas perguntas.

Entrevistador: Sendo explícito é mais caro, foi você mesma que disse.

Cats: Não se estique que a cama é curta. Respondendo à sua questão sobre a noite lisboeta: penso que atravessa um momento agradável, apesar das opções em termos de espaços continuarem a serem um tanto ou quanto redutoras. Nunca iremos regressar à Lisboa do princípio do século, ainda assim, julgo que em termos de party people está bem apetrechada e eventualmente, até é mais um conjunto de pessoas a fazerem a noite, do que pelos espaços propriamente ditos. A programação por outro lado, tem também vindo a melhorar parece-me. Os homens por seu lado, parecem-me mais atadinhos, mas pronto.

Entrevistador: Atadinhos?

Cats: Sim, atadinhos. Não sei, se calhar existe uma técnica nova de fazer amor só com troca de olhares e eu não fui informada.

Entrevistador: Não estou a perceber.

Cats: Era de admirar se estivesse. O que eu quero dizer é que uma grande parte dos homens só olha. O que para primeiro passo até me parece natural. Mas ficar metade da noite a olhar, perceber que uma pessoa até está a retribuir o olhar e depois não fazer mais nada... Não me parece razoável.

Entrevistador: E...

Cats: Calma, ainda não acabei. Para além disso, depois até há alguns que vêm falar connosco. Mas repare, estamos a dançar numa discoteca. Se eu quiser estar 15 minutos a falar com um homem, escolho outro sítio para o fazer. É normal trocar uma palavra ou outra, agora estar ali no parlápiê, minutos a fio.. Enfim. É o que há.

Entrevistador: O que é que sugere então?

Cats: Sei lá! Dançar, proporcionar um momento engraçado. Não consigo especificar. Agora só com trocas de olhares eternos, como se fossem uma espécie de Shakespeare's da noite a equacionar a beldade feminina, obrigada, muito giro, mas não me preenche.

Entrevistador: Muito bem. Peço desculpa, mas há uma questão que traz com certeza, alguma curiosidade aos leitores, tendo em conta a natureza deste blog. No que diz respeito à interacção com elementos do sexo masculino à noite, que dados nos pode adiantar de forma a satisfazer a curiosidade suscitada pela sua entrada no blog?

Cats: Você realmente, é parvo. Não se fazem essas perguntas a uma menina. De qualquer maneira, sim, tenho as minhas aventuras. Não sei até que ponto se igualam às peripécias do General Wireless ou do Iglesias do Techno, mas posso dizer-lhe que de vez em quando faço umas tropelias, sim.

Entrevistar: Quer exemplificar?

Cats: Não, mas já vi que não vai desistir. Lembro-me de um episódio no WC do Lux, esse infindável espaço de surpresas e desgostos. Aguardava pela minha vez para entrar na casa de banho. Quando entro, uma rapariga que não conhecia de parte nenhuma, entra também. Perguntei-lhe se a podia ajudar. Ela disse que só precisava de ficar ali fechada um bocadinho porque tinha o ex-namorado à porta da casa de banho e que lhe estava a fazer confusão. Estivemos ali as duas, uns bons vinte minutos a falar sobre o drama. O segurança aparece de rompante a bater à porta, suponho que alguém tenha ido fazer queixa por demorarmos demasiado tempo. Qual foi a minha surpresa, quando descobri, que o segurança era o ex-namorado.

Entrevistador: Como é que acabou a cena?

Cats: Comigo a fazer terapia conjugal às sete da manhã na estação de Santa Apolónia.

Entrevistador: Serviu para alguma coisa?

Cats: Não. Mas eles pagaram-me o pequeno almoço e entro no Lux de borla até ao dia de hoje.

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