Pierre Molin e Francois de Sierra, dois investigadores da Universidade de Montepelier, analisaram durante três anos, as motivações que conduzem as pessoas a estacionar os seus carros em lugares que estão reservados exclusivamente para pessoas com deficiência.
Esses mesmos lugares encontram-se normalmente em locais que visam facilitar a vida às pessoas que têm uma mobilidade reduzida. Encontram-se o mais próximo possível da entrada/saída de determinado espaço e durante anos, pensou-se que este seria o motivo para tanta gente infringir a lei (a comodidade).
Mas estes dois franceses foram mais longe, entrevistando cerca de um milhão de condutores durante três anos, e a pesquisa exploratória a que se propuseram, levaram-nos de facto, mais longe.
Por mero acidente, começaram a reparar que as pessoas que estacionavam indevidamente nestes espaços eram na sua maior parte, pessoas com uma vida nocturna, relativamente activa.
Indo ainda mais a fundo na questão, notaram também que este tipo de pessoas eram as mesmas que constantemente pedem aos DJ's para que estes passem a música X ou Y.
Analisando depois o resto da amostra, os dois franceses conseguiram com segurança concluir que existe uma correlação directa nos dois comportamentos acima descritos.
"Realmente nunca tinha pensado nisso. Não é que eu peça a música que quero ouvir ao DJ por egoísmo ou coisa que o valha. Normalmente, os DJ's fazem uma cara horrível quando faço estes pedidos, mas porra, estou só a pedir uma música, qual é o drama? Sobre estacionar no lugar para deficientes, sabemos todos que eles - deficientes - raramente aparecem nos centros comerciais, como tal, se eu deixar ali o carro só para ir comprar tabaco não faz mal nenhum."
Estas foram as declarações de uma das pessoas que participou no estudo, ao qual esta publicação se dirige com uma célebre frase de Albert Einstein:
"Duas coisas são infinitas: o universo e a estupidez humana"
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