Raver que ainda não parou de chorar porque o Boom terminou é operado de urgência às cataratas

Joaquim Carvalho, natural de Alcobaça, foi este ano pela primeira vez ao Boom Festival.

A sua descrição do evento é absolutamente encantadora, tendo o mesmo alguma dificuldade em expressar-se, tal é a sua emoção.

O problema é que Joaquim Penedo se encontra - pelo que percebemos - a chorar ininterruptamente desde a passada quarta feira (dia 17). Segundo os amigos, haviam combinado abandonar o recinto e regressar a Alcobaça nesse mesmo dia por volta das 18h00.

"Foi uma dificuldade imensa para o tirar de lá. Fugiu de nós pelo menos umas três vezes e com aquela gente toda sem bateria no telemóvel, não imagina o suplício. A sorte é que ele ia sempre para a mesma zona: junto ao lago, para contemplar o pôr do sol."

Depois de convencido a abandonar o recinto e ir para casa, assim que chegou ao carro emocionou-se e começou a chorar.

"Inicialmente nem ligámos, é normal a pessoa sentir-se deprimida por ter curtido tanto e agora voltar à realidade. Começámos a achar estranho, quando a meio da viagem vimos que ele não parava de chorar. Parámos numa bomba, mas estava mesmo inconsolável. Nunca o tinha visto assim."

A choradeira ter-se-à prolongado durante a noite e durante o dia seguinte, até que hoje dia 19, a companheira de Joaquim Carvalho não teve outro remédio senão ligar para o 112.

"Foi muito constrangedor pois não acreditavam em mim, pensavam que eu era maluquinha. Depois de muita insistência lá mandaram uma ambulância."

O caso afinal era mesmo grave, visto que o volume anormal de tempo que Joaquim esteve a chorar danificou a retina, agravando substancialmente um ligeiro problema de cataratas que já havia sido diagnosticado no passado, mas que não justificaria para já, nenhum cuidado especial.

Joaquim Carvalho encontra-se neste momento fora de perigo e a intervenção cirúrgica foi um sucesso, segundo apurámos junto da equipa médica responsável.

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