Raver que está há 2 dias no Boom e ainda não teve a experiência mística prometida pede reembolso do bilhete

Um jovem de 23 anos que se encontra no Boom Festival desde o primeiro dia, está a pedir o reembolso do seu bilhete, alegando falhas no sistema de experiência shamânica que o festival oferece.

"Uma das razões que me trouxe a este festival, foi o facto do mote do festival ser o shamanismo. Tenho um familiar na América do Norte que pratica esta filosofia de vida e vi no Boom uma oportunidade única para ter contacto com esta forma de estar."

O jovem relata que dois dias volvidos, e depois de já ter visitado literalmente todas as áreas do recinto, não só não encontrou nenhum shaman, como também não conseguiu obter nenhum conselho prático que o inicie nesta actividade.

"Não tenho nada a apontar no que diz respeito ao local, à simpatia de todas as pessoas, à forma como tudo está organizado. Sinto-me apenas muito desapontado porque aparentemente, a chegada a um estado superior de consciência, só se alcança com a ingestão de determinadas substâncias e com uma dança muito específica. Azar dos azares, não posso ingerir nada com glúten e sou um péssimo dançarino."

A organização do festival alega que todas as condições estão reunidas para que qualquer pessoa que esteja no recinto tenha a sua experiência shamânica e que não irá reembolsar este indivíduo.

Segundo a DECO, os casos dos consumidores que não conseguem alcançar estes estados superiores de consciência em festivais, raramente chegam a tribunal em caso de litígio, visto que a lei é omissa nestas circunstâncias.

"A DECO Proteste aconselha a que leiam bem todas as actividades que cada festival oferece, bem como a natureza das mesmas no que diz respeito ao alcance, em termos sensoriais que cada actividade disponibiliza."

O Boom Festival decorre até ao dia 18 deste mês, em Idanha-a-Nova.

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